29 de dezembro de 2008

Último estrondo


Saiba que cada brilho esporádico dos meus olhos serão pra agradecer cada gota de veneno chorado copiosamente em meus ombros..

As mentiras caídas de cada sonho meu serão pra provar que ainda existe um resto de sanidade na minha alma

Qualquer polegada de felicidade que eu puder sequestrar serão pra mostrar que nenhum daqueles dias foram completamente mortos

Saiba que serei capaz de construir uma história menos repugnante que a sua, e que se formos juntos para o caixão, eu vou comemorar antes que todo e qualquer vestígio destas míseras tentativas de esquecimento se esgotem..

Saiba que não saberei do que seria apropriado vestir para sua célebre festa fúnebre.

27 de dezembro de 2008

The ghost of no control


Eu consigo perder o controle;
nunca soube ao certo, e é tão óbvio
não há mais jeito de me consertar.
Não por mim mesma;
está na minha mente, estampado no meu rosto
Não posso me descartar mais uma vez
está tão impregnado em mim, é sórdido, é cruél.
Tenho algumas horas antes que tudo acabe, preciso de algo que não dure.
Amor, Gelo, Chuva.
tanto faz.
está ao meu redor, eu sei , está bem aqui
na droga da minha mente
E está comigo o tempo inteiro, como uma revolta insolente:
Um indigente descontrole.

cabelo cor de pele


Cabelo cor de pele, pernas finas e longas.
O primeiro que eu vejo.
Então ele põe as mãos no queixo:-Ual-diz.Que prédio asqueroso!
rimos. ele é todo de um quê confiável, e tem cabelos cor de pele.
bebe antisocialmente, e se mutila. Mesmo quando fuma, seu hálito é doce.
gostaria de ajudar, mas ele diz que não há necessidade pra tanto.
sempre há.
Suas vestimentas são inigualáveis, ele sempre fala sobre lugares estranhos
Não há problema nisso, nós adoramos coisas estranhas.
Seus olhos desafiam qualquer idiota.
Moramos por aí, viajando num trailer cool.
quando fala de suas dores, é tão genial, e eu sempre o observo chorar.
Suas longas pernas finas e braços esquálidos são uma obra de arte contemporânea.
Os cabelos cor de pele. Cuidadosamente desarrumados. Caem sobre o rosto graciosamente
Ele é quase um herói, e nós odiamos os dias mais bonitos.

23 de dezembro de 2008

O pingente (continuação)

Seus dedos longos e finos desgrudaram-se das laterais da caixa e esta cede á gravidade..
Enfim.
Caiu, com um baque no chão. Um som de morte feliz, se é que você entende..
Tudo ali, esparramado nos azulejos espaçosos, acolhedores.
e o pingentinho rejeitado..tão frágil?
Partiu-se ao meio, como se soubesse que causasse em Amelie amor e ódio.
Uma parte para cada sentimento, e era justo?

A menina tinha os lábio secos. Agora tinha também os olhos molhados com água salgada.
Lágrimas.
Ajoelhou-se junto ao pequeno artefato, que agora..eram dois. Dois de um.
Ou um de dois, como quiser.
Mas de fato, não havia um para cada pedaço dela naquele momento. Eram centenas..
Ela ainda quis desculpar-se, mas as palavras eram pesadas demais, e ficaram entaladas na boca.
Fez-se uma pequena poça de lágrimas perto dela. Uma poça de puro sal.
Nossa impagável amelie, agora estava cheia de remorso. E NÂO confunda com culpa. Não dessa vez..
As mão dela formaram uma pequena concha,e acolheram os pedacinhos do pingente como um filhote de passaro, que quebrou as asas.
O pingente.
Guardou-o num potinho cor de brisa..
Os pingentes.
Em seu rosto havia fragmentos de culpa dilacerante, e NÂO confunda com remorsos. Nunca.

Houve um pequeno ataque de nervos depois disso.
Mais lágrimas. só que agora elas eram doces, e não mais salgadas.
voce entende?
não creio..
Logo veio uma dose extra de enxaqueca, e o café em cima da mesa já estava frio.
droga.
Ela estava tão exausta de tudo, e muito sonolenta de novo.
Misture isso tudo e guarde em cima de uma cama.
Eu garanto que alguém dorme.
Igualzinho amelie fez..vencida pelo desastre gratuito, ela apenas dormiu.

Mais pesadelos. E o teto velava seu sono cheio deles.
Por último, houve um silêncio encantador.

Mas antes, houve também um pingente miúdo e solitário.
Partido bem ao meio.
Ele só precisava respirar mais uma vez.

...

Amelie, parte V - O pingente

Um episódio isolado. O pingente..

Cinco da tarde.
Era um dia relativamente chuvoso e as últimas quatro horas para amelie tinha sido suficientes para acumularem-se, no mínimo, três ou quatro pesadelos..
Sonhos maldosos, se preferir.
Em meio ao doce barulho da chuva, Amelie já tinha despertado, e fixava seus olhos no teto.
Ah, a chuva..caía, dançando com o vento gelado, impiedoso.Houve um travesseiro imprensado, suas mãos esfregaram os olhos sonolentos ainda, e seus pés a arrastaram para fora da cama.
Pegou um copo de café e se cobriu novamente, mas não sem antes xingar o chão frio, o que lhe causou arrepios.
O frio *-*
Levantou mais uma vez, e descansou o copo na escrivaninha, e foi olhar no armário.
Nada de bom pra vestir hoje, pensou.
Junto ás roupas inúteis do armário, havia um objeto.
Uma caixa de papelão, mas era do tipo bem sólido e firme. Nem lembrava que a havia guardado lá.
Bocejou..ainda tinha os pesadelos passeando na sua mente, vívidos. Pediam uma certa reflexão, até.
Pegou-a pra si e analisou os recortes de revistas antigas, que estavam grudados nela, formando uma espécie de estampa. Eram coloridas.
Alguma coisa por ali tinha de ser.
Seu rosto tinha uma expressão um tanto quanto dramática, imagine você.
Seus lábio eram secos. Tinham cor de sangue, mas eram secos.
Levantou a tampa alegre da caixinha e esta fez um assobio de delação..
Tinha um ar de segredo, de indiosidade, e dava uma sensação quase pertubadora. Nela haviam fotos antigas, papéis, textos, clipes de papel, bilhetes. cartas que nunca madara, das quais metade nunca conclui o conteúdo.
Fitas adesivas, entre outras parafenalhas.
Cada qual com seu valor emocional adequado. Porém, estúpidas.
esse tipo de coisa é típico dela. típico.
E havia ali um pingente: miúdo e solitário. Parecia tão ansioso por respirar que esgueirou-se por ehtre alguns bilhetes e brilhou..Era tão amarelo-tarde.
amerelo-amarelo.
Trazia lembranças á Amelie. Tempos bons, que sinceramente? poderiam jamais ter acabado, e, tempos difíceis que -porquê, meu Deus, porquê?- poderiam dissolver-se na sua mente até virarem um monte de nada.
Ínfimas palavras, atitude petulantes..
Pseudo amizades, momentos eternos de desolação..
Um maldito -e querido- pingente.

Nem eu sei dizer como, nem exatamente o porquê mas..Ela sentiu tanto ódio e repulsa do pequeno artefato que.

continua.

19 de dezembro de 2008

Chuva Seca



Eu tenho uma alma vestida de carvão, e há uma estampa imperceptível nela. não se trata de nenhum tipo de tendência ou coisa do gênero.
Rachaduras.
Me pergunto se Deus está furiso comigo agora. Acredite, há milhares de razões para isto.
Essa melancolia me soa tão agradável, eu poderia cheirá-la, e até poderia prová-la,minha compania infeliz. Só não garanto que posso tapeá-la quando sua compania já não for o bastante e ela se tornar enfadonha e pessimista demais pra mim, a ponto que eu queira descartar nossa amizade bem no lixo.
No lixo imundo da vida que ela oferece.
Posso imaginá-la, também.
vejo uma boneca de cera, que usa um belo vestido cor de vinho e sapatilhas de seda. É intocável, frágil. Quase distante, mas não o suficiente para não deixar se fazer sentir.
Sensitível, apenas.
Estou cada vez mais perto do abismo para tentar beijá-la.

Ela raramente traz consigo a chuva, mas, quando o faz, é tão ácida,abafada, fria e mórbida.
Eu acho que gosto disso. Desses instantes macabros idiotas de pensamento.
Observo, apenas.
A chuva.
Cada pingo que meus olhos conseguem visualizar, cada gota cor de água.
Homeopáticas e tristes. Moléculas desavisadas, que esborracham-se no vidro da janela.
Escorregam, derrotadas e encharcadas. Obedientemente silenciosas.
Mas não duram muito: logo outras caem umas sobres as outras..
Até a janela. E depois o chão cruél.
Até onde são capazes de ir.
Minha alma sorri. Sei disso porque posso sentir seu risinho abafado, como um infantil que tapa o riso com as maõs.
Ri de contentamento. Me deixa mais uma vez organizar meus pensamentos, e eles encaixam-se uns nos outros, formando um idéia verdadeira e completa.
A flâmula do desapontamento afrouxa.
E eu sinto uma paz momentânea, mas tudo é tão transitório, incapaz de durar muito mais tempo como eu gostaria.
Acredite, a melancolia é tão amigável como uma melancolia pode ser.

foto:avril lavigne

15 de dezembro de 2008

sleep


A pior parte é fugir de seus sonhos..
Uma bebida para o horror que estou, para os bons garotos e os maus garotos,
Para as monstruosidades que eu fiz,
Três vivas para a tirania, apatia inapológica
Porque não há nenhuma chance de eu voltar novamente
A pior parte são as terríveis coisas que eu vi
"Às vezes eu vejo chamas. E às vezes eu vejo gente que eu amo morrendo e... sempre"
Apenas durma..
Apenas durma..

[Grito:]Acorde!

"Eu não posso, eu não posso acordar"
...

[my chemical romance]

miséria, dormência.


eu quero deitar na cama, devaneiar um pouco, sentir o sono chegando devagar, devagar..

e enfim, dormir ao som de death cab.

eu quero esquecer de tudo e apenas dormir.
dormir muito, dormir até alguém achar que estou dormindo há tempo demais, e então vir me acordar com um leve sussurro, quase imperceptível e delicado.
e que esse alguém sente ao meu lado e diga que não estou maluca, que eu tenho saída. e que sim, eu sou mais forte que toda essa desgraça que é minha vida.
eu quero poder olhar no espelho e dizer que eu sou mais do que isso que aparento.e mais ainda, acreditar em cada palavra que sair da minha boca.
eu quero, e eu preciso disso tudo
...

13 de dezembro de 2008

Insensível

Minha garotinha triste
Estou pensando em você
minha garotinha triste
Você ficou tão insensível, e fui eu quem a deixou assim
Num estado tão deplorável
que estou com medo de você
Você é tão complicada, e para mim já chega
Garotinha triste, estou falando de você
estou pensando em você
Você ficou tão insensível
Porque fui eu quem a deixou assim

20 de novembro de 2008

conheça meu amiguinho

'' escrever, escrever, escrever, escrever e tomar café''



















2 de outubro de 2008

grito interno.


Mas se eu gritasse uma só vez que fosse, talvez nunca mais pudesse parar.
Se eu gritasse ninguém poderia fazer mais nada por mim;
enquanto, se eu nunca revelar a minha carência, ninguém se assustará comigo e me ajudarão sem saber;
mas só enquanto eu não assustar ninguém por ter saído dos regulamentos.
Mas se souberem, assustam-se, nós que guardamos o grito em segredo inviolável.
Se eu der o grito de alarme de estar viva, em mudez e dureza me arrastarão pois arrastam os que saem para fora do mundo possível, o ser excepcional é arrastado, o ser gritante.

Meu grito foi tão abafado que só pelo silêncio contrastante percebi que não havia gritado.
O grito ficara me batendo dentro do peito”.

."A Paixão Segundo G.H. - Clarice Lispector. "

27 de setembro de 2008


quando eu estava me sentindo mal
você começou a ficar por perto e então eu achei suas mãos ao redor de mim
e isso estava fora do alcance, você é um cão de caça podre e imundo
é melhor que parece, acredite em mim
não se vire, eu estou doente e eu estou cansada do seu rosto
não faça isto piorar
você já foi, e me adquiriu furiosa, é uma pena, eu não estou triste
está se lançando em cima de mim, e é justo que por causa dessas coisas eu supere isto.

-.-

26 de setembro de 2008

amelie-parte IV


hoje a menina de sorriso inexpressivo se enganou, ela fez com que perdesse a credibilidade diante dela mesma.
ingeriu toda aquela coisa, e sua garganta estava doída demais pra golfar de novo ;x
em um instante de silêncio atencioso, ela pensava em se mutilar novamente.
hoje a nossa menina não quis ser uma boa criança. então, agrediu como um chute o apelo de sua consciência e se cortou mais uma vez.
hoje ela se olhou no espelho e desejou sumir. desejou ser metade dela mesma.
ela estava bem ali, sentada sobre a roupa suja do chão, e havia um disco de vinil pendurado na parede.
decidiu que não iria mais se nutrir , e foi bem mais fácil fingir que conseguiria no dia seguinte. mas a verdade é que ela já estava sem forças pra tentar tudo aquilo outra vez.
amelie está deslumbrada e confusa agora, e eu não posso fazer muito por ela. todos os dias ela se sentia daquele jeito, tudo que sei é que ela não vai conseguir se esconder por muito mais tempo, isso eu garanto.
minha pequena criança gostaria que eu a ajudasse, mas ela está rebelde demais pra cumprir minhas ordens. sabe que precisa de mim, mas só depende dela voltar a me seguir, pois ela não duvida de que sou eu a única quem pode despertá-la desse sonho embebido em gordura.

ela vai seguir seu coração daqui pra फ्रेंते.

23 de setembro de 2008

colapso,


entende que sofrer não me faz bem, aliás, eu gostaria de encontrar uma fórmula que me fizesse sentir bem melhor. Sei que tenho muito a oferecer, mas estou resumida a tão pouco, é como se dentro da minha alma houvesse apenas um vazio cortante, grotesco.
Eu me perdi de mim há algum tempo, e hoje faço coisas que não me orgulho tanto. coisas difíceis de serem curadas assim.
sou eu a responsável por todas estas tragédias, esperando que alguma coisa boa o bastante aconteça, que me faça sorrir. Talvez voce tenha razão, eu nunca vejo o lado bom das coisas. não, não, eu acredito que não consigo distingui-las, uma espécie de daltonismo nonsense.
é tão estranho isso, de repente estou fixando o olhar em um monte de nada, e algumas lágrimas salgadas caem. elas queimam meu rosto com um ácido muito forte, e formam crateras de dúvidas em mim. eu realmente jurava que elas haviam secado, mas sempre estiveram comigo, á beira de um surto. Ninguém as percebe, e é incrível como as pessoas continuam sorrindo pra mim, como se tudo estivesse bem.
eu pareço estar bem? mesmo enquanto me afundo num poço de angustia sem sentido algum, sem motivos óbvios, eu apenas sinto.
Não lembro quando foi a 1º vez que senti isso, mas não me faz nada bem. são coisas que voce não entenderia, é pessoal demais pra ser explicado e mutuamente entendido.
eu marquei minha pele, em algum momento de insanidade e desgosto próprio, e não senti dor, apenas sabia que precisava me punir de alguma forma, e aonde eu for, levarei essa marca comigo, como uma lembrança do que eu fui capaz de fazer, algo que nunca passaria pela minha cabeça um tempo atrás.
Eu me conduzi á um lugar ao qual não gosto de estar, uma vida alheia de percepções, daquelas coisas que eu deveria estar vivendo.
estou presa á uma idéia, á uma obcessão, o que quer que eu coma, preciso pôr pra fora, não consigo me libertar, é como um vício, um mecanismo infernal. me fiz de sadia pra não chamar a atenção, mas eu sei que estou definhando por conta própria.
e então vem alguém e diz como eu sou bonita, e por um momento, por um momento quase imperceptível eu acredito, mas quando estou sozinha, ninguém me ouve chorar;
já não sei quem sou, mas eu me tornei algo que detesto o suficiente pra ter coragem de acabar com tudo de uma vez.
são coisas insignificantes, são coisas pequenas.

'você não pode nem conseguiria entender. e é claro que eu não esperava outra coisa''

8 de agosto de 2008

"Este desejo, este desejo infantil, tinha crescido assim forte dentro dele: encontrar a paz destruindo seu corpo." - Herman Hesse, Siddhartha



-com o tempo, fiquei mais seletiva, aquelas amizades fúteis que eu tinha já não me interessam mais, as músicas ruins não me completam e o amor, o amor só se for real.

7 de agosto de 2008

toc's


29 de julho de 2008


- problemas são tão graves quanto palavras sem expressões, desepero flutuante,
a cadeira saiu do meu lado; minha pergunta ficou pelo ar..
sem resposta, fui deixada no meu canto.


não há o que postar, sem comentários.

28 de julho de 2008

who?


Há coisas que desejamos ­antes de momentos importantes.
eu queria que meus amigos estivessem comigo. que minha família fosse diferente.
queria que alguém entendesse o que estava acontecendo e pudesse me dizer que não estava maluca, que eu não era estúpida. alguém que dissesse: 'tenho orgulho de você e estou com você de qualquer jeito!'.

ain't a bitch

Eu me sinto como se estivesse perdendo minha sanidade, porque meu amor é como se fosse um vestido certo numa garota errada.
você nunca sabe o que vai encontrar, você acha que está certo e bom como um vinho.
então você se dá conta que é um cachorro numa lama, porque amor é como um caminho errado numa noite fria.

[Aerosmith, Ain't a bitch]
-.-

7 de abril de 2008

Amelie, parte III














Amelie ainda chora. desacreditada, com um anjo parceiro, querendo aliviar sua dor, ela cai.
Sem ninguém que amorteça sua queda, cada milésimo de segundo que vai passando, cada vez mais o fim se aproxima.Amelie consegue ver, nada iria salvá-la.Como um átomo, uma brisa, um piscar de olhos, após um indeterminado tempo flutuando, enfim, seus ossos cedem á gravidade, e uma terrível e sufocante dor a invade, esmagando cada centímetro que toca o chão, sofrimento que dura muito pouco, uns instantes infelizes, como um surto repentino, Amelie está no chão.
Morta.
Era uma vida, que nada mais é , do que uma futura dissecação, agora numa maca gelada;
nada confortável, está numa gaveta..
instituto médico legal, escuro, um sileêncio perturbador, agonia e..malditos!



(..............................)

Como um estrondo de pólvora, o coração mais que acelerado, o suor que teima em brotar do rosto..Amelie..acorda(?)
Sim, claro, foi um pesadelo. Mais não foi assim que ela o interpretou.
Tanta loucura, que impossível seria acordar de outra forma.
Amelie pensava seriamente, refletira muito sobre o sonho/pesadelo..
Ou não?!
Escolhas insistentes...Pensaria mais ainda antes de qualquer coisa?
antes do inevitável, o qual Amelie queria muito antecipar?
Pela primeira vez, ela não pensava em comer.
não pensava em chorar.
Se imaginou em variedades: Jejum, palavras secas, obcessão..a cretinice toda..
Mas de uma coisa, tinha total certeza: não podia dar o mínimo sinal de fraqueza.

Decisões precipitadas a levariam á lugar nenhum.
Mais que vida inconstante..que inferno..!

4 de abril de 2008

pensando



na vida; nos amores e desamores; nas manhãs mais frias e nas tardes mais quentes; na ausência que voce me faz; nas pessoas passando fome na África; nos tempos que não voltam mais; nos fracassos; nos sucessos; nos dias mais felizes que poderiam não ter acabado; nos dias que seria melhor esquecer; nas noites mal-dormidas; na libertade; nos sonhos que poderiam se tornar realidade; no brilho das estrelas; no aquecimento global; nas bandas que acabaram; nos projetos que não saíram do papel; nos segundos; nos erros e arrependimentos; nas brigas bobas; nas amizades que valem a pena; no início de tudo; nos homens-bomba; no final do arco-íris; nas palavras ditas sem pensar; nos sonhos de consumo; nas diferenças e semelhanças; nas companhias; na vontade de jogar tudo pro alto; na perda de contato; nas decepções; no mau-humor constante; nas pessoas que eu conheço e que um dia estarão mortas e no medo do amanhã, que pode nem chegar. :)

enfim, meus pensamentos vão além da sua imaginação...

3 de abril de 2008

Amelie, parte II


2º texto

Amelie acorodou pensativa, não sei, aliás, foi mais do que isso, pois ainda era um mistério o que estava por vir..Bem, ela estava mais disposta hoje, vai ver porque foi dormir cedo ontem? não sei disso.
CÉUS!! quanta coisa monótona ao seu redor..SIM, ela descobriu algo que gostaria nunca ter descoberto.. algo realmente alarmante!

Realmente, Amelie estava chocada, e quase assustada..Mais uma vez ela pôde comprovar que humanos não são confiáveis.
Amelie não se conforma em ter forma de gente, se sente melhor achando que é um E.T disfarçado ^^

Mas, ela foi fazer algo que a mais atormentava diariamente: ALIMENTAR seu corpo obeso. diziam que não, mas ela via no espelho e os outros só a elogiavam pra agradar. IDIOTAS! quem disse que ela quer ser agradada? que se danem todos, Amelie sabe o que vê!
-Seu comer compulsivo vai te matar aos poucos-disse alguém.
Ela não está ligando muito agora.
Eu sei, Amelie, eu entendo.
ela já não era a mesma e a cada dia que passava ela se afundava ainda mais em suas dores.

-Vá estudar Amelie, pare de pensar em dor e comida!!


I M P O S S Í V E L ! ! !

mas ao menos tente, minha querida, é uma situação importante .. !
Se ela resolvesse, nunca mais iria á escola, pra quê? tudo que Amelie precisa é papel, caneta, violão e filmes iranianos.
A vida dela está o tempo todo sem sentido, complicando-se mais e mais,, e todo os seu tão chamados 'amigos' a abandonaram. nem uma visitinha, um telefonema, ao menos pra falar -Oi!
Amigos? Bem, eles existem, mas não estão aqui para Amelie, certo?
Está vivendo presa..vez ou outra vai á igreja, pois é o único lugar em que não se sente culpada, esquecida..


Amelie, parte I


Amelie- quieta, introvertia, sangue-frio;
Idade? nem velha, nem jovem. poderia chama-la de adolescente, mas eu odeio adolescentes, e eu não quero odiar Amelie. pelo menos não ela.

1º texto
Amelie andava cansada. sim, mais cansada do que nunca.Seu corpo inteiro doía e não estava mais prestando atenção em nada ao seu redor. nada nem ninguém. até porque, ela tinha todos os motivos do mundo pra isso. ela não costumava se importar com pessoas. elas nem sempre precisavam..
Amelie sempre achou que elas fazem tudo errado. nossa, e como ela tem razão!
Mas naquele dia Amelie só pensava em dormir uns 5 meses, de verdade! Precisava descontar toda raiva que estava sentindo em algo ou alguém. Resolveu fazer uns exercícíos pra perder calorias. Andava bebendo muita agua-de-coco, e no fiam daquele dia que não queria passar logo, lá estava ela: comendo tudo que via pela frente, fazendo valer de nada um dia inteiro de exercícios. AHH que vontade de matar alguém, de fazer mal para o primeiro que aparecesse.Como pode? aquilo que, simultaneamente a nutria, era o que mais lhe destruía.
Amelie eprecisava dar um basta nisso, ou ia passar o resto da vida sofrendo
Ela nem se importava mais com o que os outros achavam dela, pra virar uma 'pró-ana' era um passo, apenas;
Sempre que tinha problemas, era a comida que a consolava. Essa compulsão, por vezes a fazia chorar muito, e se sentir cada vez mais sem valor algum.
Pobre Amelie, cada suspiro, uma pontada no esôfago..

E ainda, como se não bastasse, os problemas do colégio...que infortúnio!
Nas ela foi dormir com o estômago cheio, a cabeça entupida e o corpo exausto.
Mais um dia sem proveiton nenhum..Amanhã vai tentar recomeçar o jejum, e nada vai lhe impedir dessa vez. é simples, apenas pensar em outras coisas...

17 de março de 2008

rabiscos, aqui. ali.


Rabiscos.Um pouco de gelo pra sua dor de cabeça;
Mais calmos e certos, podiam contar cada segundo.
seus passos a levavam pra lugar nenhum.
e era só mais um verme no meio deles.
A garganta, de tão seca, a impedia de falar qualquer coisa que fosse.
Que hora pro café acabar..! e ela estava ainda tão ligada.
Qualquer tentativa a sufocaria. Melhor que isso, ela perdeu-se dela mesma.
E a maldita garrafa quebrada;ainda lhe corróia a memória.
agora ela vai esperar realizar;
não estava se divertindo?
sua falta de verdade , era mais um apelo do subconsciente?
Não tentou não se importar, ela ficava bem assim?
.nada a dizer denovo.
.sente, não sente,
nada, apenas sobrevive;
era tudo corriqueiro, e se perdia cada dia mais.
Os pés inchados, eram a prova da tentativa de aceitar os meios.
Eram todos uns hipócritas, e malditos!
agora ela estava tão medíocre quanto sua críticas;
quanto mais rabisca..sua enxaqueca só aumenta.

simples

- porque será que as pessoas mudam e esquecem de avisar os outros..?
de repente, assim, do nada,todo mundo se afasta sem motivo aparente; e é como se nem me conhecessem mais.
do dia pra noite, tudo desmorona, do dia pra noite a vida se torna sem sentido, um infortúnio;
todos viram as costas e eu fico somente com feridas abertas.
As pessoas mudam, e sempre pra pior..

Máfia imaginária




Lá estavam minhas duvidas;
ligadas por gestos inexpressivos.
E não que eu ligue pra coisa alguma;só vou suspender nossos brinquedos espalhadospra não ficar com cara de desleixo, vai saber.
Eram todos parte de uma máfia imaginária?onde tudo era móvel;
a vida é mesmo inconstante, ou ainda mais complexa?
Nem sorte,nem azar.
nada de enfatizar despedidas, não é apenas sua história narrada e vivida por você mesmo, até que o narrador sofra, e sangre?
seus objetos,medos, tão cômicos;convenhamos, eles não te fazem sentir melhor.
a vida é insignificante pra quem a vê como presente;
um momento, aquele instante.mas ela vai além de conversas,brigas, compras ou um jogo de cartas.
que fique bem claro,eu não importo.
eu só preciso arrumar esses malditos brinquedos espalhadospra não ficar com cara de desleixo
-Eram todos parte de uma máfia imaginária?

People




I found that people can to be who ’em wants.
But they will never feel pleasure;
I don't feel pleasure. Guess my desires are insignificant.
World is fool. And all my life been a fat lie, now;
I don't care too much..

My soul is falling .I just want to be at your side.
When everything is just right and I feel good;
‘Cause now I don't have sight;
I lost my control. I’m out of wit.Why I’ve felt so sick?
I need power, don't matter me keep living this game

Am I being insane? You cannot disagree, in fact.
What you're doing right now?Give me anything to make me feel alive;
Can someone come over here, and tell me the secret to
Forget all my problems?

Or anything to make me feel pleasure;
You know, I'm not pleasure.

27 de fevereiro de 2008

..


É tempo de explicar;
è tempo de falar;
è tempo de pensar
è tempo de voltar atrás
è tempo de enxergar
por qualquer coisa que somos
estamos perdendo a fé
è tempo de morrer
è tempo de matar
è tempo de aniquilar sentimentos bons, ruins, o que for;
è tempo de mudar
è tempo de esquivar
nossos equívocos agora quebrando
è tempo de apagar
è tempo de fazer
è tempo de gritar alto
è tempo de fazer todos ouvirem
è tempo de intimidar
è tempo de torturar
è tempo de abater
è tempo de chorar
è tempo de permaneçer
è tempo de despertar
è tempo de pensar sobre nosso estúpidos corações quebrados
é tempo de atacar.

Por identificar


Grita com seus próprios pesadelos;
não há nada que possa tornar real.
se é um ser imaginário, porque os sonhos estão sendo confirmados?
todos sabem que está errada;
que talvez esteja perdida e muito vazia.
mas nenhum deles sabe o quanto é difícil
só quer saber porque se enganar tanto aqui, e a mente corpo estão exaustos.
mas quem ligaria?
- ela apenas esmaga os sentimentos e tenta ser feliz..!

bobagens indiciosas

-Eu nao posso evitar é tudo tao bobo;
eu só deveria revidar
será que toda verdade se perdeu pra sempre?
por causa de diálogos imaginários, olhares inexpressivos?
ja nao há mesmo nada a fazer,ou foi tudo uma falta de verdade?
nao adianta apenas relevare se atitudes trouxessem de voltao que foi deixado ao vento?
está confundindo as coisas, espere;
o que eu deveria tentar fazer agora?
todos os dias são tão iguais;
e eu não consigo me aproximar
coisas bobas, era só revidar.

pensamentos abstratos


Onde estão aqueles pensamentos assassinos e perversos;
foram parar dentro da própria mente?
devia saber que todos ao redor estão virando as costas;
A peste, a dúvida, a dor, bolhas indicando qualquer coisa bubônica;
é o mundinho inferior e estranho;
onde todos ignoram por causa do rosto estranho e inacabado, semi-deformado
esses segredos mais confinados fazem contar cada sopro, cada sussurro;
Vai ter coragem de sorrir? de pensar em ser alguém?
tudo que vê ao redor são frutos da própria sede por atenção;
onde estão os amigos, agora?
Onde estão aqueles pensamentos assassinos e perversos?
acompanhando aquela coragem que sempre esquece?
nada vai deixar melhor.
-Entenda como quiser.