20 de outubro de 2009

Hello hello little stars.

A ponta da agulha tecia um pedaço de destino. Destino?
Estrelas douradas, contrastando com o tecido negro..estas sim eras capazes de exprimir a tristeza que repousava em seus ombros, sem roubar do céu a sua profundidade. Ao terminar, a dor lhe daria uma trégua, as lágrimas secariam e o amor morreria outra vez. As pequeninas estrelas do vestido gritavam. O que gritavam? Gritavam árdua e continuamente sobre a vontade de esquecer, choravam o desejo pelo ópio ao extremo. Pelo desejo de um clarão qualquer de vida, mínimo que fosse. Ela olhava pela janela, atravessando o céu, através das nuvens escuras da noite, das constelações, e tudo que via era um universo inteirinho a ser explorado. Nitidamente embaçado. Queria encontrar lá no infinto a resposta pra todas as suas angústias. Gostaria ainda de encontrar os olhos daquele que mais ama, divina e misteriosamente. Ele a perdoaria, algum dia? Teria as respostas sobre sua existência? A miserável indiferença, a falta de vitalidade juvenil nos olhos, as palavras manchadas, e àquela altura, as estrelinhas cor de ouro já haviam lhe furtado todo e qualquer resquício de sanidade. O vestido de pano negro, abrigava meia dúzia de estrelinhas lúgubres e doces que brilhavam.. brilhavam.. Poderia até ser algo do tipo exagerado, mas e que fosse? Convenhamos, algo por ali deveria insinuar um mínimo de luz. De vida.

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